Sem Papas Na Língua

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Eu sou sincera, meu bem.



Pra te agradar eu não diria gostar de jogar vídeo game, sendo que eu nem sei o nome de nenhum desses controles remotos que você tem. Eu poderia até me esforçar para aprender, mas isso não seria um objetivo... te agradar dessa maneira.

Pra te agradar eu não trocaria o meu hamburguer preferido do Mc Donald's por uma salada, só para parecer saudável aos seus olhos. Pra quê? Pra te agradar eu não deixaria de ir a festa de aniversário do meu melhor amigo, só por conta do seu ciúme inlógico (nem sei se essa palavra existe). 

Pra te agradar eu não gargalharia ao ouvir qualquer piada tosca dos seus amigos sobre nós mulheres, só para parecer "legal" pra eles. Pra te agradar eu não trocaria o meu time pelo seu, não vestiria a roupa que te agradasse e muito menos mudaria a cor dos meus cabelos.

Não me chame de antipática ou má amada. Não consigo ser superficial ou coisa e tal. Hoje decidir ser assim, porque a gente não deve abrir mão de nós mesmos. Há conceções, a gente cede um pouco para que o outro também tenha o seu espaço, se sinta bem. Mas nem sempre o outro deve ter a palavra final, o domínio sobre o outro. Sobre gostos e preferências.

De onde vem essa vontade incessante de agradar alguém, se a mim mesma me desagrado? Não tem sentido. Conversando a gente se entende. E eu não preciso ser outra pessoa pra te conquistar ou te agradar. 

Penso que quando alguém ama a gente, tem de amar do jeito que a gente é. Não que deixe de dar conselhos quando vê que se está comentendo equivocos, mas nninguém muda ninguém através da marra. Isso deve acontecer naturalmente, sem imposição. E é sempre bom que a gente se corrige, deixe certos comportamentos de lado.

Meu bem, não tente ser quem não é em função de um outro alguém. Pra quê fazer isso? Seja quem é, e a outra pessoa vai ver ou não, que você terá afinidades com ela.

Pra te agradar, eu não faço o que eu não quero, eu faço por carinho a você. Faço por amor e com amor. Então entenda, tudo o que fiz foi por querer. No começo eu até cedia mais, mas hoje vejo que não é tão necessário me entristecer por um não querer. As coisas deveriam e devem ser naturais.

Daniella Lins

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