Sem Papas Na Língua

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

OUÇO HISTÓRIAS DE AMOR. Mas ainda não ouvi e vivi a minha.


Já vivi muitas histórias de amor, mas ainda não vivi a minha. É engraçado só ouvir as declarações e os sentmentos de outros amores, você fica nos bastidores e com o tempo você pensa saber sempre o que vai acontecer logo depois de uma mensagem de "olá" ou um primeiro encontro. Sempre fui ouvinte de histórias de amor cheias de conflitos, de ciúmes, dúvidas, medos. Sempre fiquei nesse meio do querer falar e do achismo. "-Ela não me ama." Diz ele de um lado. "-Ele não me procurou." Diz ela do outro.

É muito mais fácil resolver as coisas quando se está de fora. É muito mais claro enxergar os nós, os laços. Mas eu imagino que quando eu viver a minha história, eu não saberei muito como agir em certas situações, porém, não existe uma forma de bolo que enquadre o modo como as coisas aconteçam, ainda bem!

Já vivi amores simples, amores de contrato e sem cotato, amores de posse, os amores à distância para mim são os mais bonitos, há um querer de verdade, não há barreiras. Já vivi amores de mentira, amores de más interpretações, amores de poucas palavras, poucos meses, poucas verdades. Será que eram amores? Pode ser que deixaram de ser. Amores de balada, de internet, amores de faixa etária diferente, amores violentos (?), amores que se desencontraram. 

Não passei por esses amores a flor da pele, nunca senti sentimentos de determinadas situações. Vivi amores contados, estampados na fachada dos meus ouvidos e olhos.

Confesso, vivo a ansear pra viver a minha história. Me acho expert em saber resolver situações, (iludida eu) há se fosse todas as histórais as mesmas... as mesmas pessoas os mesmos lugares, ai seriam histórias de novelas reprisadas, não seriam histórias de amor da realidade, como foram os amores que vivi.

Anseio por saber o nome, o rosto e o sorriso do meu amor. Do que gosta e desgosta, anseio por sentir a intensidade do seu abraço. Um dia essa história vai acontecer, enquanto isso, vou vivendo a história de amor que me aparece. E o que faz ser tão empolgante viver cada amor desse? É que sempre no final ainda é amor.

Eu não espero viver um amor como os contos de fada. Eu não estou a espera do príncipe. Até porque a tempos eu já descobri que eles não existem. Estou a espera de viver a realidade, o do não querer e do querer mais que tudo. Desejo um alguém sincero em suas palavras, que não possui as frases prontas, decoradas e copiadas do caderno que ele usava no tempo do colégio.

Pode ser que esse cara demore séculos pra chegar, mas uma certeza eu tenho, eu ainda viverei uma história de amor e ela será minha, com os erros e os acertos cabivéis a nossa compreensão.

Por Daniella Lins

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